Brasil Tem Um dos Locais Mais Importantes do Mundo Para Estudar Dinossauros

 

A pequena região gaúcha que virou um dos locais mais importantes do mundo para estudar dinossauros.

Esqueleto do Guaibasaurus candelariensis


Na superfície, as pequenas cidades gaúchas de Candelária (31 mil habitantes) e Vera Cruz (27 mil), a cerca de 180 km de Porto Alegre, não têm nada que as diferencie de tantas outras de tamanho semelhante espalhadas pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil: uma praça e uma igreja principais, ruas tranquilas, trânsitos livre, vida noturna praticamente inexistente e, nos verões quentes, pessoas sentadas em frente a suas casas vendo o tempo passar.

Em suas profundezas, no entanto, elas guardaram, por 230 milhões anos — e ainda guardam —, fósseis dos primeiros dinossauros e dos antepassados dos mamíferos, compondo um tesouro paleontológico, que as tornam um dos pontos mais importantes do mundo para se estudar e entender o início do Triássico — período geológico que se estende de 252 milhões a 201 milhões anos atrás — e a fauna que vivia na época.

Hoje, o Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, de Candelária, abriga fósseis ou réplicas de 23 das 38 espécies de animais encontradas no município e cidades vizinhas, que viveram na região em torno de 230 milhões atrás.

Entre elas, existem dinossauros, répteis, anfíbios e cinodontes (os ancestrais dos mamíferos), todos hoje extintos.

De acordo com o paleontólogo argentino, Agustin Martinelli, do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, que vêm, desde 1998, realizando pesquisas na região e numa área próxima ao trevo de acesso a Vera Cruz, na BR-287, o conjunto de fósseis encontrado na área, que incluiu Santa Cruz do Sul, a 8 km, e Candelária, a 31 km, mostra um período da evolução biológica prévio a origem dos mamíferos.

"Eram ainda formas primitivas mas que já mostravam especializações na dentição, olfato e visão", explica.

Esqueleto do Santacruzadon, encontrado em Santa Cruz

Preservados em rocha

O biólogo e doutor em Paleontologia, Heitor Franscischini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que realiza estudos em Candelária desde 2012, há naquele município e região fósseis de alguns dos dinossauros mais antigos do mundo, assim como os antepassados diretos dos mamíferos.

"Todas as espécies descobertas em Candelária trazem novas informações à luz da ciência, tornando possível a compreensão de como era o passado da região no Período Triássico e como eram as relações entre estas espécies neste período", diz.

A riqueza fossilífera de Candelária e arredores tem explicações geológicas e ambientais. Segundo Carlos Rodrigues, curador do Museu Municipal, que leva o nome do seu pai, durante o Triássico a região fazia parte da grande bacia sedimentar do Paraná, uma imensa área baixa, com rios e lagos, para onde os animais mortos erram carreados e soterrados.

"Depois, isso aqui virou um deserto, com os rios sendo substituídos por dunas, movimentadas pelo vento", conta.

Esse deserto e suas rochas soterraram e compactaram o material da bacia mais baixa, transformando-o nas chamadas rochas sedimentares, nas quais os restos dos animais que viviam na época ficaram incrustados e preservados.

Dessas pedras são extraídas até hoje as lajes, usadas em calçadas urbanas – pelo menos até há alguns anos atrás.

Nessa época, no início da era Mesozoica (252 a 65,5 milhões de anos atrás), que inclui os períodos Triássico, Jurássico (201 a 142 milhões de anos atrás) e Cretáceo (142 a 65,5 milhões de anos atrás), todos os continentes estavam unidos num só supercontinente, chamado Pangeia, desértico e quente em seu interior, com florestas somente próximas ao litoral e aos grandes rios.

Mas justamente na época em que viveram os animais hoje fossilizados de Candelária e região, a Pangeia começou a se fragmentar.

A princípio, essa fragmentação deu origem a dois grandes continentes, um ao norte, a Laurásia, composto pela América do Norte, Europa e Ásia, e outro ao sul, Gondwana, formado pela América do Sul, África, Madagascar, Índia, Oceania e Antártida.

No Cretáceo Inferior (primeira metade do período), por volta de 110 milhões de anos atrás, surgiu o oceano Atlântico, separando a América do Sul da África e dando aos continentes uma conformação semelhante à de hoje.

Rodrigues lembra que todos esse processo de fragmentação acrescentou mais uma camada de rocha na região de Candelária — e em outras parte do mundo.

"A separação dos continentes jogou lava em abundância e formou a Serra Geral, que vai daqui até São Paulo", explica. "Essas rochas vulcânicas formaram uma camada de empilhamento de 100 metros de espessura, que cobriu o antigo deserto."

Esse processo não ocorreu do dia para a noite, claro. Durou milhões de anos, até o Cretáceo.

Hoje, essa camada de rocha basáltica, formada a partir da lava vulcânica, se estende de Venâncio Aires até São Pedro de Sul, a 129 e 330 km e de Porto Alegre, respectivamente, passando por Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Vale do Sol, Candelária e Santa Maria, numa faixa de 200 km por 60 km, ao longo da RSC-287, também chamada de BR-287, uma rodovia estadual que corta ao meio o Rio Grande do Sul, de leste a oeste, indo da capital a São Borja, na fronteira com a Argentina.

Seu nome oficial é Rodovia da Integração. É no trecho entre Venâncio Aires e São Pedro do Sul que se encontram os fósseis.

Depois que as três camadas estavam formadas, a erosão causada pela chuva, rios e riachos e pelo vento desgastou, também durante milhões de anos, a área deixando à vista os chamados afloramentos rochosos e os fósseis neles incrustados. A partir de então, começaram as descobertas.

Coincidentemente – ou não – o primeiro achado importante foi de um paleontólogo gaúcho, mas que havia sido pesquisador da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

A história dele é interessante por si só. Nascido em Santa Maria em 9 de outubro de 1905, filho de um casal de missionários metodistas norte-americanos, Llewellyn Ivor Price se mudou com a família, em 1916, para o país de seus pais. Lá, ele se formou, em 1930, em geologia pela Universidade de Oklahoma, onde deu início a sua carreira.

A riqueza fossilífera de Candelária e arredores tem explicações geológicas e ambientais

Marco histórico

Em 1932, Price começou a trabalhar como professor e pesquisador na Universidade de Chicago, até 1934, quando passou para Universidade Harvard, na qual ficou até 1944.

Ele esteve brevemente de volta ao Brasil entre 1936 e 1937, chefiando uma expedição paleontológica de Harvard, quando foi convidado para fomentar e desenvolver pesquisas na área de paleontologia de vertebrados no país. Assim, ao deixar Harvard foi convidado a fazer parte do quadro de paleontólogos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Entre suas descobertas e coletas no Brasil está o Estauricossauro, o primeiro dinossauro encontrado no território brasileiro.

Além disso, Price estudou répteis, anfíbios, mamíferos, peixes e entre seus maiores achados estão o Peirosaurus torminni e o Baurusuchus pachecoi, duas espécies de crocodilomorfos (grupo de arcossauros que incluem os crocodilos e seus parentes extintos) do Cretáceo.

E então voltamos à Candelária. Em 1946, Price descobriu o primeiro fóssil coletado no município, no distrito de Pinehiro. Tratava-se de um pequeno réptil, de cerca de 40 cm, que viveu há cerca de 235 milhões.

Em homenagem à cidade, ele o batizou de Candelaria barbouri. Desde então, as descobertas na região não pararam mais.

Em 1979, o paleontólogo Mario Costa Barberena (1934-2013) fez uma das descobertas mais importante da região: um novo dicinodonte, que até então só tinha um similar conhecido na Argentina.

Conhecidos como “as vacas do Triássico”, esses animais foram os principais animais herbívoros entre o Permiano médio e o Triássico Superior (mais ou menos 260 – 200 milhões de anos) e tiveram distribuição cosmopolita, por todo o supercontinente Pangéia.

A descrição desse material foi publicada em 1981, sendo denominado Jachaleria candelariensis.

Na década de 1990 ocorreram novas descobertas marcantes. Uma delas foi a primeira espécie de dinossauro encontrada na região, que recebeu o nome de Guaibasaurus candelariensis.

"Em 2002, iniciamos uma parceria com UFRGS, sob o comando do professor César Schultz, e temos um novo marco na história", orgulha-se Rodrigues.

"Dá-se um grande salto, a partir do qual a paleontologia na região se confunde com a história do próprio Museu Municipal e do seu corpo de voluntários."

Antes disso, nos anos 1990, Schultz havia descoberto uma espécie de cinodonte traversodontídeo, um grupo de ancestrais antigos dos mamíferos e hoje extinto. O achado ocorreu num afloramento, chamado de Schöenstatt, localizado no município de Santa Cruz do Sul, por isso, o animal foi batizado de Santacruzodon.

Mapa mostra algumas das espécies encontradas na cidade de Candelária

Esqueleto quase completo

O animal foi descrito cientificamente em 2003, pelo paleontólogo argentino Fernando Abdala e a pesquisadora brasileira Ana Maria Ribeiro.

"Eles estudaram melhor os materiais e concluíram que parte desses fósseis representavam uma nova espécie", conta o geocientista Maurício Rodrigo Schmitt, da Universidade Regional de Blumenau (FURB), em Santa Catarina.

"Os dois, então, a batizaram de Santacruzodon hopsoni com base em um crânio e uma mandíbula coletados no final dos anos 90."

Agora, Schmitt está fazendo doutorado em Geociências, na UFRGS, sobre os cinodontes traversodontídeos.

"Esse grupo viveu durante grande parte do Triássico (entre cerca de 245 e 208 milhões de anos atrás)", diz.

"No Brasil, estão representados por espécies que viveram entre aproximadamente 240 a 225 milhões de anos. O Santacruzodon especificamente, viveu em uma parte do Triássico, o Carniano, que tem cerca de 237 milhões de anos."

Em 2022 foram descritos alguns novos materiais atribuídos ao Santacruzodon hopsoni, por um então aluno de doutorado da UFRGS, Tomaz Melo, junto com Martinelli e a pesquisadora Marina Bento Soares, hoje no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

"Eles descreveram 11 novos fósseis de Santacruzodon, incluindo materiais de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e principalmente de Vera Cruz", revela Schmitt.

"Esses de Vera Cruz são os mais importantes, pois incluem um esqueleto quase completo de Santacruzodon, o que ainda não era conhecido para essa espécie."

O próprio Melo conta que fez seu mestrado e doutorado estudando os fósseis encontrados em Santa Cruz do Sul e Vera Cruz.

"Eu mesmo fiz vários trabalhos de campo, com coletas nos dois municípios", conta.

"Eu encontreis novos fósseis lá e em outras cidades das redondezas também. Esses materiais do Santacruzodon especificamente vêm de camadas específicas, que só se conhecem em Santa Cruz do Sul, Vera Cruz e Venâncio Aires."

Num primeiro momento, os fósseis encontrados em Santa Cruz do Sul foram descritos a partir de apenas algumas mandíbulas, alguns pedaços de crânio bem completo e pequenos.

Em seu estudo, Melo percebeu que, na verdade, os ossos eram de indivíduos jovens, ou seja, filhotes. Por isso, se achava que o Santacruzodon era de pequeno porte.

Depois, ele estudou os materiais encontrados em Vera Cruz, por outros pesquisadores, inclusive um esqueleto quase completo e um crânio com cerca de 24 cm de comprimento, que seria de animais adultos.

"A maioria fósseis do Santacruzodon de Vera Crua era bem maior", diz. Por isso, após sua descrição o animal passou a ser considerado um dos maiores cinodontes do período.

A descoberta mais recente, mas não menos importante foi descrita em 2018 por pesquisadores UFRGS e da Universidade Federal Vale do São Francisco (Univasf).

Eles descobriram que os restos fossilizados doados anonimamente ao Museu Municipal de Candelária pertenciam a uma espécie de réptil até então desconhecida, que viveu há 237 milhões de anos.

Ele deram o nome de Pagosvenator candelariensis ao animal, que significa "caçador da região de Candelária".

Para o professor de paleontologia da Univasf, Marco Franca, coautor da descrição do Pagosvenator candelariensis, a importância dos fósseis de Candelária e região está no fato de o período Triássico ter siso um "boom experimental" de novas formas de vida proporcionados pela evolução.

"Antes do Triássico, veio o período Permiano, que tinha formas de vida muitos diferentes", explica. "o final dele, ocorreu a maior extinção de todos os tempos, nos quais os pesquisadores consideram que a vida na Terra como um todo esteve por um fio."

Estima-se que cerca de 81% das espécies marinhas 70% das terrestres se extinguiram.

"Após esse dramático evento, as formas de vida que sobreviveram experimentaram novas ecologias, novos habitats, um ambiente intensamente seletivo", diz Franca.

"Foi quando essas novas formas surgiram por evolução. Estou falando, como exemplo, do surgimento dos dinossauros, dos lagartos, da linhagem dos crocodilos, dos mamíferos, e das tartarugas. O que conhecemos hoje de grandes grupos dos animais vertebrados teve seu início nesse período.”

Crânio do Prestosuchus chiniquensis

De acordo ele, desse ponto de vista, qualquer lugar no mundo onde haja afloramentos triássicos é importante para a paleontologia mundial, pois eles passam informações sobre como foi a evolução destes grupos, como sobreviveram e se diversificaram após um grande evento de extinção.

"E a região de Candelária, por ter as rochas desse período, contribui para o avanço científico", diz.

Schmitt, por sua vez, destaca a importância do Museu Municipal de Candelária para a conservação dos fósseis da região.

"Muitos dos materiais mais recentes do município e região são coletados ou estão depositados no Museu, mantendo os fósseis na sua localidade de origem", elogia.

"Além de ajudar a preservar e coletar o material, um museu local possibilita uma interação maior com a sociedade, fazendo com que as pessoas entendam paleontologia e compreendem que os fósseis são um patrimônio cultural da cidade e da região, contribuindo para novos achados e a preservação de localidades fossilíferas."

Fonte: BBC

Chimpanzés podem acreditar em Deus, diz estudo



Não são apenas os seres humanos que acreditam na existência de um Deus, os chiampanzés também podem ter uma crença. Uma observação científica mostra que os animais parecem ter desenvolvido um sistema ritualístoco para cultuar um Deus.

A descoberta, realizada por um grupo de cientistas da Universidade Humboldt de Berlim, na Alemanha, se deu por meio de uma pesquisa em que foram filmados com câmeras escondidas os que registraram um comportamento grupal que não tem que parece remeter a uma crença simbólica, hipótese reforçada pelo fato de a prática ter se repetido de forma idêntica em outras ocasiões esem um objetivo claro, uma função prática, como acontece em todas as tarefas coletivas dos animais. (Veja o vídeo abaixo).

Essa descoberta  provoca um questionamento: será que o sentimento religioso e a consciência de uma entidade superior obedecem a um caminho evolutivo em que os chimpanzés estão andando na mesma direção que nossa espécie?


 Crédito da Foto: AFP - Fonte: Yahoo.


NOTA DO EDITOR:

1 Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. SALMO 14:1

Nesse caso, parece que há Chimpanzés mais evoluídos do que muitos ditos "Humanos".

Dinossauro do tamanho de cavalo mostra como T-rex tornou-se rei


Um novo tipo de dinossauro da família do T-rex poderia explicar como o legendário cresceu para tornar-se o indiscutível rei da cadeia alimentar - informaram pesquisadores.

Até agora, os cientistas não têm tido muita evidência sobre a forma como este predador icônico tornou-se o maior carnívoro na Terra antes que os dinossauros fossem extintos há 65 milhões de anos.
As respostas podem estar no cérebro do 'Timurlengia euotica', um parente até então relativamente desconhecido do T-rex.
Timurlengia euotica era menor do que o T-rex, que tinha um tamanho similar ao de um elefante, mas já tinha desenvolvido o cérebro necessário para rastrear e devorar suas presas.
Embora os pesquisadores tenham advertido que esta descoberta representava apenas um animal dentro de uma grande linhagem, suas características ajudam a ilustrar como pequenos tiranossauros evoluíram ao longo do tempo em animais maiores e mais inteligentes, graças aos sentidos aguçados que poderiam ajudá-los a encher suas barrigas.
"Apenas quando estes tiranossauros ancestrais desenvolveram seus engenhosos cérebros e refinados sentidos, cresceram para ficar do tamanho do T-Rex", explicaram.
Os primeiros tiranossauros surgiram há 170 milhões de anos e então tinham o tamanho de um ser humano.
Os ossos do Timurlengia euotica foram descobertos no Uzbequistão, onde viveram há cerca de 90 milhões de anos.
Não se sabe muito sobre como o T-rex se tornou tão grande, "especialmente devido a uma lacuna frustrante de cerca de 20 milhões anos no registro fóssil do Oriente Cretáceo, quando os tiranossauros passaram de pequenos caçadores a predadores gigantes", diz o estudo publicado nos Anais da Academia Nacional de Ciências.
Esta nova descoberta é "a primeira espécie de tiranossauro diferente procedente deste vácuo".
O espécime foi descoberto entre 1997 e 2006 por uma equipe de paleontólogos liderados por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, que trabalhavam no deserto de Kyzylkum, a noroeste do Uzbequistão.
O crânio do Timurlengia era menor do que o do T-rex, sugerindo que ele não cresceu muito, mas a forma de seu crânio revela que "o cérebro e os sentidos já estavam altamente desenvolvidos". [Fonte: Yahoo]
NOTA:

Amalgamação:

Ouvi falar, certa vez, de que a escritora Ellen White falou sobre a "mistura" de seres, que ela chamou de "amalgamação". O que ela quis dizer com isso? - G


Prezado G., o artigo que segue, escrito por Gordon Shigley, examina a polêmica declaração de Ellen White sobre ter ocorrido no passado "amálgama de homem e besta" dando origem a raças inferiores tanto de homens quanto de animais, segundo a perspectiva de dois pesquisadores adventistas de renome na área de Biologia, autores de livros e vários artigos sobre Ciência e Religião: Dr. Frank L. Marsh e Dr. Harold W. Clark:


'As leis da ciência bastam, não precisamos de Deus', afirma Stephen Hawking


Um dos principais cientistas do planeta falou sobre o ser humano e Deus. Em entrevista concedida ao jornal El País, Stephen Hawking afirmou que teme pelo futuro da raça humana e explicou sua relação com conceitos religiosos.

Desde que criou, ainda em 2015, uma iniciativa para buscar vida inteligente em nossa galáxia, Hawking tem sido questionado com frequência sobre suas expectativas sobre extraterrestres e, claro, sobre o Universo, um de seus objetos de estudo.

E as opiniões do físico sobre esse tema são bastante delicadas. Para ele, uma possível visita de extraterrestres à Terra pode ser caótica e muito nociva aos terráqueos. Ele compara essa possibilidade a um período antigo de nossa história.

“Se os extraterrestres nos visitarem, o resultado será muito parecido com o que aconteceu quando Colombo desembarcou na América: não foi uma coisa boa para os nativos. Extraterrestres avançados podem se tornar nômades e tentar conquistar e colonizar qualquer planeta”, afirma ele.

Apesar de acreditar — e muito — na questão da existência de vida extraterrestre, Hawking é bastante cético ao citar Deus e outras temáticas religiosas. Na entrevista, ele explicou como considera e encara a existência de uma figura divina.

“Utilizo a palavra ‘Deus’ em um sentido impessoal, da mesma forma que Einstein, para me referir às leis da natureza. As leis da ciência bastam para explicar a origem do Universo. Não é preciso invocar Deus”, explicou ele.[Fonte: Yahoo]

NOTA DO EDITOR:

Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.
Salmos 14:1

Fóssil de pássaro de 115 milhões de anos é descoberto no Ceará

Ave do tamanho de beija-flor viveu no antigo supercontinente de Gondwana.
Trata-se de um dos fósseis de pássaro mais antigos da América do Sul.

Fóssil de pássaro de 115 milhões milhões de anos foi encontrada na região que hoje equivale ao Nordeste brasileiro (Foto: Ismar Carvalho/Nature Communications)
Pesquisadores descobriram, no Nordeste do Brasil, um fóssil de pássaro excepcionalmente completo do período Cretáceo Inferior. A ave foi encontrada em uma rocha de 115 milhões de anos. Trata-se de um dos fósseis de pássaro mais antigos na América do Sul.
Concepção artística mostra como seria a ave encontrada fossilizada (Foto: Gabriel Lio/Nature Communications)Concepção artística mostra como seria a ave
encontrada fossilizada (Foto: Gabriel Lio/
Nature Communications)
O espécime, encontrado na região da Chapada do Araripe, no Ceará, tem o tamanho de um beija-flor. O fóssil ainda conserva grandes penas na cauda, que ainda apresentam traços das cores originais, e plumas ao longo do corpo. Os autores sugerem que as longas penas tinham função sexual ou de reconhecimento de espécie, e não estavam relacionadas ao equilíbrio ou ao voo.
"Apesar de ser um pássaro jovem e pequeno, esse novo fóssil é uma descoberta muito importante para a compreensão da evolução dos pássaros no paleocontinente de Gondwana. Este fóssil é uma verdadeira jóia da paleontologia brasileira", diz o pesquisador Ismar de Souza Carvalho, diretor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos autores da pesquisa, que foi publicada nesta terça-feira (2) na revista "Nature Communications"
Os pesquisadores observam que, apesar da juventude do pássaro, a estruturas de suas penas são parecidas com as dos pássaros adultos modernos.
A maioria dos fósseis de pássaros do período Cretáceo já descobertos até hoje, segundo os pesquisadores, foram encontrados no nordeste da China.
Foi a partir deles que se obteve o conhecimento sobre como evoluiram as penas dos pássaros. Agora, com o novo fóssil brasileiro, o conhecimento sobre a estrutura e função das penas pode ser ampliado.
Representação artística mostra como seria a ave fossilizada encontrada no Brasil (Foto: Deverson Pepi/Nature Communications)Representação artística mostra como seria a ave fossilizada encontrada no Brasil (Foto: Deverson Pepi/Nature Communications)
Trabalho de exploração paleontológica na Chapada do Araripe, no Ceará (Foto: Ismar Carvalho/Nature Communications)Trabalho de exploração paleontológica na Chapada do Araripe, no Ceará (Foto: Ismar Carvalho/Nature Communications) - Fonte: G1.

Já vi esse filme! Cientistas vão clonar mamute e criar parque para ele viver



O parque jurássico que Steven Spielberg está próximo de sair das telonas e virar realidade. Calma, não teremos tiranossauros andando em meio às cidades. Ainda. Mas cientistas começam o processo de clonar um mamute extinto há mais de 27 mil anos.


A partir dos genes de um espécime congelado, encontrado em ótimas condições, o experimento quer trazer os bichos de volta para estudar seu comportamento. Já há, mesmo sem o início dos testes, até um local onde eles ficariam: um parque na Sibéria, uma das regiões mais geladas do mundo.


“Seu corpo foi mantido em excelente condições porque estava preso em puro gelo. O sangue é muito escuro e o animal foi encontrado afundado da barriga pra baixo. Quando separamos o corpo da cavidade de gelo, o sangue saiu escorrendo”, afirma Semyon Grigoriev, chefe da expedição que encontrou o animal.


Os cientistas, agora, divergem na maneira como a clonagem deve ser feita. Equipes de Harvard defendem que que as células do mamute sejam inseridas em células de elefantes modernos. Já pesquisadores de Estocolmo acreditam que, com o genoma completo do mamute, é mais simples criar células-tronco. [Fonte: Yahoo]

Descoberto no Chile um dos dinossauros mais estranhos de sempre

Era herbívoro, tinha até três metros de comprimento e a sua anatomia era uma combinação de diferentes espécies: o Chilesaurus diegosuarezi é um «dos dinossauros mais bizarros já descoberto», dizem os pesquisadores que fizeram um estudo sobre fósseis do animal.



Este novo tipo de dinossauro pertence à família dos terópodes, que inclui os famosos carnívoros Velociraptor, tiranossauro e carnotauro. Mas o Chilessauro apresenta características estranhas.
«Estamos perturbados pela estranha anatomia do Chilessauro, que lembra diferentes grupos de dinossauros», disse Fernando Novas, co-autor do estudo publicado na revista científica Nature.
«A sua cintura pélvica assemelha-se à dos ornitísquios (...) e as suas patas traseiras - grandes e com quatro dedos – assemelham-se muito mais às dos sauropodomorfos primitivos» do que as dos terópodes, mais finas e compostas de três dedos, continuou Bernardino Rivadavia, do Museu de Ciências Naturais de Buenos Aires.
Segundo ele, o Chilessauro «é um dos dinossauros mais bizarros já descobertos».
Foi no sul do Chile que os ossos foram encontrados por Diego Suarez, que deu o seu nome ao dinossauro. Em Fevereiro de 2004, o menino de sete anos acompanhava os pais geólogos nos Andes, quando tropeçou em fósseis encontrados em rochas do final do período Jurássico, há cerca de 145 milhões de anos.
Desde esta descoberta, mais de uma dúzia de espécimes do dinossauro foram recolhidas, incluindo quatro esqueletos completos.
«No começo, eu estava convencido de que tinha recolhido três dinossauros diferentes, mas quando o esqueleto mais completo foi preparado, ficou claro que todos os itens pertenciam a uma espécie de dinossauro», explica Fernando Novas.
O relativamente pequeno crânio do dinossauro, a forma do seu nariz ou os seus dentes em forma de folha revelam que o dinossauro era um comedor de plantas.
De facto, diferentes partes do corpo do Chilessauro foram adaptadas a uma dieta especial e estilo de vida particulares, semelhante a outros grupos de dinossauros, devido ao fenómeno da evolução convergente, informou em comunicado a Universidade de Birmingham.
«Neste processo, uma ou mais partes de um organismo parecem-se com as de espécies não relacionadas por causa de um estilo de vida semelhante e a pressões evolutivas», contou Martin Ezcurra, co-autor do trabalho e pesquisador da Universidade de Birmingham.
Os dentes do Chilessauro são muito semelhantes aos dos dinossauros primitivos que tinham um pescoço longo porque foram seleccionados ao longo de milhões de anos devido a uma dieta semelhante, exemplifica a universidade.
O Chilessauro é «um dos casos mais interessantes de evolução convergente documentados na história da vida», ressaltou Ezcurra.[Fonte: Diário Digital]

Nova teoria pode provar começo da vida e descarta Deus

Teoria feita por cientista da MIT tenta explicar origem da vida através de seres não-vivos e foi reportada em revista científica.


Uma nova teoria pode responder questões importantes sobre como a vida começou – e descarta a necessidade de “Deus” e sua criação. As informações são do The Independent.


Um cientista da Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, escreveu para o website da Fundação Richard Dawkins dizendo que a nova teoria poderá colocar Deus “na geladeira” e aterrorizará os cristãos. Segundo o estudo, a vida não teria surgido de um acidente, ou teria sido resultado de sorte de uma “sopa primordial”, mas ela teria surgido por necessidade - resultado das leis da natureza e seria “tão inevitável quanto rochas rolando ladeira abaixo”.
O problema para os cientistas que tentam entender como a vida começou é apreender como os seres vivos - que tendem a ser muito melhores em tirar energia do ambiente e dissipá-la como calor - poderia acontecer vindo de seres sem vida. Porém, de acordo com a teoria de Paul Rosenberg, da MIT, reportada na revista científica Quanta Magazine, quando um grupo de átomos é submetido por um longo tempo a uma fonte de energia, ele irá se reestruturar para dissipar mais energia. Assim, a emergência da vida não poderia ter sido por sorte de arranjos atômicos, mas sim de um inevitável evento se as condições fossem corretas.
"Você começa com um grupo aleatório de átomos; se você brilhar a luz sobre ele por muito tempo, não deve ser tão surpreendente que você obtenha uma planta”, explica Rosenberg.
Como observa Rosenberg, a ideia de que a vida poderia ter evoluído a partir de coisas não-vivas tem sido afirmada há algum tempo, tendo sido descrita por filósofos pré-socráticos. [Fonte: Terra]

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